quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Um modo leve de ouvir/ver áudio/vídeo da internet em máquinas pererecas

Um modo leve de ouvir/ver áudio/vídeo da internet em máquinas pererecas

 Muita gente acha que "navegador leve" não vai pesar no desempenho de uma máquina com poucos recursos mas isso é pura ilusão. Já testei muitos navegadores ditos "leves" (Falkon, Midori e outras bagaças) e eles podem até serem leves no aplicativo principal MAS, se somar os serviços paralelos, dá praticamente o mesmo consumo de recursos da máquina do que um Firefox ou Chrome e isso sem oferecer as mesmas funcionalidades de um navegador mais completo com extensões e tudo mais.


E máquinas ditas "pererecas" (designação minha para máquinas muito modestas) podem também não ter os recursos de hardware para lidar, por exemplo, com codificação e decodificação por hardware (GPU) e essa trabalho fica por conta de software e executado pela CPU e, nesse caso, vídeos e áudio mostrados em navegadores tendem a serem "gastões" de recursos de processamento justamente pela falta de aceleração adequada do processador, seja pelas limitações do mesmo ou pela falta de compatibilidade com o driver instalado.

Não vou entrar aqui em detalhes acerca de uso ou não de aceleração code/decode mas vou apresentar uma alternativa de ver/ouvir vídeos e áudio da internet pelo Terminal usando o player de A/V MPV. Antes, instale os pacotes:

$ sudo apt install mpv yt-dlp

O MPV é um player de A/V mais simples do que biquini de loira no Verão do Rio de Janeiro (quase pelado...) e direto ao que interessa, diferente do VLC, por exemplo. Com o comando adequado, é possível ver/ouvir vídeo/áudio pelo terminal e é isso que vamos ver aqui. O comando básico seria esse aqui:

$ mpv https://www.youtube.com/watch\?v\=26QK7l8wkww

Isso vai fazer com que o MPV abra a janela de vídeo com a configuração padrão de resolução e qualidade de áudio:

$ mpv https://www.youtube.com/watch\?v\=26QK7l8wkww

(+) Video --vid=1 (*) (vp9 1920x1080 29.970fps)
(+) Audio --aid=1 --alang=eng (*) (opus 2ch 48000Hz)
Subs --sid=1 --slang=pt-JkeT_87f4cc 'Portuguese - DTVCC1' (null) (external)
Subs --sid=2 --slang=pt-uYU-mmqFLq8 'Portuguese

O problema está aqui:

(+) Video --vid=1 (*) (vp9 1920x1080 29.970fps)
(+) Audio --aid=1 --alang=eng (*) (opus 2ch 48000Hz)

Em máquinas modestas VP9 e áudio Opus pesam muito em CPUs sem aceleração por hardware, ainda mais via navegador, então podemos refinar o comando para algo mais adequado:

$ mpv --ytdl-format="bestvideo[height<=480][vcodec^=avc1]+bestaudio[acodec^=mp4a]" URL-do-vídeo

Assim teremos:

(+) Video --vid=1 (*) (h264 854x480 25.000fps)
(+) Audio --aid=1 (*) (aac 2ch 44100Hz)

Veja que o VP9 ou AV1 foi trocado pelo H264 e o Opus pelo AAC, além de escolher a resolução 480p ou menor de acordo com a existência da mesma. Para um melhor tamanho da janela, podemos mudar o "480" por "720" (ou mesmo para "360") e que já é resolução HD mas isso fica por conta do usuário. Podemos então criar um alias (apelido) para esse comando onde você só digita o apelido mais a url do vídeo e o MPV aparece mostrando o vídeo conforme pedido. No Terminal, digite:

$ nano ~/.bashrc OU nano ~/.zshrc (dependendo do interpretador de shell que você usa)

Coloque no final do arquivo:

alias ver="mpv --ytdl-format='bestvideo[height<=480][vcodec^=avc1]+bestaudio[acodec^=mp4a]'"
alias ouvir="mpv --no-video --ytdl-format='bestaudio[acodec^=mp4a]'"

O primeiro alias (ver) mostra o vídeo e o segundo (ouvir) apenas o áudio, ambos com a melhor escolha entre codec e resolução de vídeo. Salve o arquivo e feche o mesmo (CTRL + O e CTRL + X) e depois mande um (sem as aspas) " source ~/.bashrc " ou " source ~/.zshrc " para carregar as novas opções do seu bash/zsh. O uso é simples, se é pra ver o vídeo, basta abrir o Terminal e digitar:

$ ver URL-do-vídeo

a janela do MPV vai abrir o vídeo com as configurações configuradas e bem mais leve do que se usasse o navegador.

Linux: Um modo leve de ouvir/ver áudio/vídeo da internet em máquinas pererecas

Para ouvir:

$ ouvir URL-do-vídeo

Há o inconveniente de ter que escolher os vídeos no navegador para pegar a URL e jogar no alias mas, uma vez apenas com a URL, o navegador pode ser usado para outras coisas que não ver vídeos, mesmo porque esses dois alias funcionam também em playlists. E lembre-se, o MPV está apenas escolhendo as opções de H264 e AAC, o code/decode ainda é feito por software (CPU) mas de forma muito menos estressante para o seu sistema em relação ao VP9 e Opus.

Boas "pererecadas" aí, hehehe...


Reescalando a tela hd para fullhd com o xrandr

Reescalando a tela hd para fullhd com o xrandr




 O Linux tem algumas coisas engraçadas como, por exemplo, programas que não conseguem "ser montados" em telas com resolução HD como 1366x768, fazendo com que a interface dos mesmos apareçam incompletas ou "cortadas" como ocorre no KDEnLive.

Linux: Reescalando a tela hd para fullhd com o xrandr
Isso faz com que os usuários passem por muito perrengue para acessar certas partes dos programas, principalmente a parte de baixo já que as janelas não mostram uma barra de rolagem de altura nas bordas laterais, como aquelas que são mostradas nos navegadores de internet para subir e/ou descer o que é mostrado na tela. Podemos então "simular" uma tela fullhd (1080) com o comando "xrandr" para fazer com que programas "chatos que não gostam de HD" sejam mostrados totalmente, mesmo que isso possa deixar a imagem meio esquisita já que as letras podem ficar pequenas e monitores HD não tem pixels adequados para montar a coisa de modo correto com qualidade. Mas quebra um galhão pois isso é um recurso temporário, pode ser habilitado e desabilitado e não fica persistente e também não é uma entrada de resolução fixa, é apenas um reescalonador de resolução.
Primeiro instale o pacote xrandr na sua distribuição. Depois abra o Terminal e digite:

$ xrandr | grep " connected"

Vai aparecer algo como:

VGA-1 connected primary 1366x768+0+0 (normal left inverted right x axis y axis) 410mm x 230mm

Isso significa que a saída conectada é a VGA-1, com resolução de - no caso do exemplo - 1366x768 com a tela centralizada (+0+0). A saída conectada vai variar de acordo com o seu monitor ativo, como e-dp1, lvds-1 ou dp-1. Para reescaloná-la (VGA-1) para 1920x1080, o comando seria:

$ xrandr --output VGA-1 --scale 1.406x1.406
Linux: Reescalando a tela hd para fullhd com o xrandr
Para voltar ao normal:
$ xrandr --output VGA-1 --scale 1x1

Podemos então criar um alias para termos acesso fácil, abra o Terminal e edite o ~/.bashrc ou ~/.zshrc do seu sistema (ou outro "rc" que permita a colocação de alias) colocando o seguinte no final do arquivo (mude a interface de vídeo conectada conforme o necessário):

alias escala='xrandr --output VGA-1 --scale 1.406x1.406'
alias normal='xrandr --output VGA-1 --scale 1x1'

Salve o arquivo e depois:
$ source ~/.bashrc OU source ~/.zshrc

Assim, se precisar reescalonar a tela, basta digitar no Terminal sem as aspas "escala" para fullhd e "normal" para voltar ao que era. Claro que você mode mudar o nome do alias conforme a sua necessidade mas aí é com você.

Relembrando que isso é um quebra galho, não é permanente, é só pra ser usado com aqueles programas pela-saco que não gostam de resolução HD. A imagem resultante é uma "simulação" e como tal não tem a mesma qualidade do fullhd de verdade.

Como anda a saúde do disco rígido?

 Como anda a saúde do disco rígido?


Podem falar o que quiserem sobre SSD e NVMe mas o bom e velho HDD ainda está presente em muitas máquinas, principalmente pelo seu baixo custo e capacidade de armazenamento. Hoje se consegue pegar um HDD de 640GB x 7200rpm por 70/90 pratas - mesmo que usado - nos ML da vida. Mas como podemos ver a saúde de um HDD em nossas máquinas?

No Linux há programas como o GsmartControl que é a interface gráfica do smartctl, um programa de linha de comando que mostra vários parâmetros do seu disco para sabermos a quantas anda a saúde operacional dele. Procure na sua loja de aplicativos (gsmartcontrol) e instale-o, além do programa hdparm.
Linux: Como anda a saúde do disco rígido?
Uma vez aberto o programa, clique no disco desejado e aparecerá uma janela com a aba de características do disco escolhido:
Linux: Como anda a saúde do disco rígido?
A aba Attributes é a que nos interessa, é ela que vai mostrar dados interessantes do disco:
Linux: Como anda a saúde do disco rígido?
Vamos ver aqui uma linha de comando básica para comentarmos as mais importantes:
$ sudo smartctl -A /dev/sdx (onde "x" é a letra do seu disco, como sda, sdb, etc)

Como falado, as mais importantes são:
  • Reallocated_Sector_Ct - o ideal é 0; maior que 0 indica remapeamento de setores, merece atenção. Esse parâmetro indica setores do disco que foram realocados por terem ficado defeituosos pela classificação do firmware do disco rígido. Todo disco tem uma "reserva de setores sadios" que podem ser usados para realocar aqueles que não funcionam mais.
  • Seek_Error_Rate - o normal seria abaixo de 1000; acima disso pode indicar problema. Esse parâmetro indica erros da cabeça de leitura/gravação em "achar" as trilhas para lê-las adequadamente. Normalmente ocorre quando o disco volta de um estado de economia de energia para o estado de atividade.
  • Power_On_Hours - normalmente milhares de horas, maior indica mais tempo de uso ligado. Tempo de uso ligado desde a primeira vez em que o disco foi energizado.
  • Spin_Retry_Count - o ideal é 0; maior que 0 indica falhas no giro do disco. Indica erros no início do giro do motor, seja para ligar ou para chegar na velocidade normal de uso. Também costuma "ratear" quando o disco vem de um estado de economia de energia ou quando se liga a máquina.
  • Temperature_Celsius - ideal abaixo de 50-55°C; acima pode danificar o disco
  • Current_Pending_Sector - o ideal é 0; maior que 0 indica setores instáveis e merece atenção. Esse parâmetro indica que setores do disco estão instáveis, com o disco tendo dificuldades em ler/gravar no mesmo. É o pré-requisito para se tornar Reallocated_Sector_Ct (setor remapeado).
  • Offline_Uncorrectable - o ideal é 0; maior do que 0 indica setores não corrigíveis, aí já era. Nesse ponto onde o disco não pode corrigir ele é marcado como Reallocated_Sector_Ct, onde a "reserva de setores do disco" realoca esse setor problemático por um - digamos - "novinho".
  • Load_Cycle_Count - o normal é até ~500000 ciclos e quanto menor, melhor. Esse parâmetro indica quantas vezes o disco entrou em modo de economia de energia e isso é gerido pelo firmware do disco ou por parâmetros do próprio sistema e, normalmente, se vê esse comportamento de economia em notebooks por razões óbvias.

Essa tal economia faz com que os braços dos discos se movam para uma área de descanso no disco (como ocorre com a cabeça de impressão das impressoras) e diminui ou cessa o funcionamento do motor em momentos de baixo uso; o problema é que muitas paradas desse tipo podem forçar os mecanismos do HDD de modo mais severo do que se ele simplesmente ficasse ligado o tempo todo. O parâmetro de APM pode ser verificado com o comando:
$ sudo hdparm -B /dev/sdx (onde "x" é a letra do seu disco (sda, sdb, etc).

O modo padrão é 192. O valor mais adequado seria 254 pois valores mais baixos podem fazer o disco "descançar" mais de 30 vezes por dia isso em um desktop já que em notebooks pode ser muito mais do que isso. O valor pode ser fixado de duas formas:

1- Via arquivo conf do HDPARM
  • Edite ou crie o arquivo:

$ sudo nano /etc/hdparm.conf
  • Coloque dentro dele (lembrando de apontar para o "sdx" certo):

/dev/sda {
apm = 254
}
  • Salve e reinicie a máquina. Rode o comando do hdparm de novo e veja qual o valor mostrado, deverá ser o de 254.

2- Pelo UDEV
  • Crie o arquivo:

$ sudo nano /etc/udev/rules.d/85-hdparm.rules
  • Coloque lá dentro:

ACTION=="add", KERNEL=="sd[a-z]", RUN+="/usr/bin/hdparm -B 254 -S 0 /dev/%k"
  • Salve e reinicie a máquina. Rode o comando do hdparm de novo e veja qual o valor mostrado, deverá ser o de 254.

Essa mudança faz com que o disco então fique mais "ligadão" MAS não ficará desligando "no meio da atividade" como ocorre com o 192 e você pode perceber isso quando o disco faz um barulhinho e o sistema parece travar por um momento para depois voltar ao normal.

Só um detalhe: há alguns valores mostrados no GSmartControl que podem parecer absurdos, algo como 5 milhões de Load_Cycle; isso pode ser considerado um bug do programa ou dos dados lidos do S.M.A.R.T. do disco. As grandes marcas dizem que seus produtos podem "aguentar" até 500mil ciclos de descanso para discos de 3.5 mas pode diminuir para quase a metade em discos de 2.5.

Colocando skins no VLC Media Player

 Colocando skins no VLC Media Player

O VLC provavelmente é o principal programa multimídia do mundo informático pois faz mais do que apenas reproduzir áudio e vídeo, também ripa cd/dvd, captura vídeo, pega stream de áudio/vídeo, faz conversão, transmissão, é ferramenta pra toda obra. E todo mundo conhece a interface gráfica dele:

Linux: Colocando skins no VLC Media Player

Mas sempre tem um chato como eu que gosta de "inventar" em cima do que já está funcionando. Vou mostrar aqui como baixar e colocar skins na interface gráfica do VLC e mostro isso por várias razões e, talvez a principal seja a skin original às vezes não seguir o tema da interface gráfica do sistema. Vá nesse endereço - http://www.videolan.org/vlc/skins.php - e baixe o pacotão zipado (cerca de 40MB) de skins. Descompacte o arquivo e copie as skins desejadas (há o preview das mesmas com nome e tudo no próprio site) para a pasta ~/.local/share/vlc/skins2/
$ mkdir -p ~/.local/share/vlc/skins2/

Abra o VLC, vá no menu Ferramentas/Preferências, selecione a opção Usar Capa Personalizada e clique em Procurar. Então aponte a procura para a pasta de skins mostrada acima. Pode ficar meio "difícil" achar a pasta pois ela está escondida, então você pode colocar as skins em uma pasta "à mostra" na sua pasta de usuário ou então pegar primeiro a skin padrão que aparece na janela de escolha.

Linux: Colocando skins no VLC Media Player

Essa é a "padrão" que vem no VLC, meio "feínha" mas já dá pra, a partir dela, selecionar as outras de forma mais prática caso tenha colocado as skins na pasta sugerida mais acima.

Linux: Colocando skins no VLC Media Player

Para mudar de skin, clique com o botão direito do mouse na "tela" do VLC e escolha Interface, Selecionar Capa, escolha a desejada da listagem e o VLC trocará de roupa.
Essa é com a skin MediaPlayer.vlt:

Linux: Colocando skins no VLC Media Player

Essa é com a skin WMP11.vlt:

Linux: Colocando skins no VLC Media Player

São dezenas de skins, escolha as que mais se adequem ao seu gosto.
Antes que venham os pela-sacos de sempre reclamarem do uso de skins que remetem ao player multimídia do Windows, aprendam que liberdade é isso: usar o que quer do jeito que quiser; afinal, não é essa a filosofia, "liberdade"? Se formos pensar com o cérebro de alguns então pra que usar "recursos técnicos alternativos" para rodar programas Windows no Linux?

Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

 Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script


Os desenvolvedores do Debian 13 tiraram uma opção de extensão do Nautilus (botão direito do mouse) que permitia fazer as 4 operações básicas com imagens, que são redimensionar, espelhar, converter e rotacionar - sempre podemos contar com a destreza dos outros para complicar algo fácil. Já tiraram a transparência do Gnome Terminal porque não quiseram ter o trabalho para manter esse recurso mesmo que outras distribuições tenham essa opção nativamente.

Aí vão chegar os chatos e dizer "ué, é xó ujár ôtrú termináu côm taransparênxia como o XFCE4-Terminal ou o Tilix"; concordo mas e quando também tirarem os previews de áudio e vídeo ou mesmo o Suhsi do Gnome? Vamos colocar também o Dolphin (do KDE) ou o Caja? Fala sério, né?

Nessa dica disponibilizo um script para ser acessado via botão direito do mouse. Baixe o script desse endereço:
https://drive.google.com/file/d/1qx6RRIvsTMFAWjS9CNg4P1wX3fbQ8Q5u/view?usp=sharing

Se a pasta não existir, cria a pasta de scripts do Nautilus do seu sistema:

$ mkdir -p ~/.local/share/nautilus/scripts/

Coloque lá dentro o arquivo descompactado Processar-imagens e dê permissão de execução:

$ chmod +x ~/.local/share/nautilus/scripts/Processar-imagens

Dê uma reiniciada básica no Nautilus:

$ nautilus -q

Antes de testar o script, instale os seguintes pacotes: dialog, zenity e imagemagick. O funcionamento é simples, entre na pasta com imagens e selecione uma ou mais imagens, clique com o botão direto do mouse/Scripts/Processar-imagens e escolha uma das ações:

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

No caso de redimensionar, vai aparecer a janela para escolher a porcentagem do redimensionamento, digamos 50%:

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

Dê OK e a(s) imagem(ens) será(ão) colocada(as) na pasta Arquivos Trabalhados na mesma pasta em que a(s) imagem(ens) original(ais) está(ão). O redimensionamento mantém a proporção original da imagem que está sendo redimensionada. O valor que se quer de redimensionamento deve ser expressado em porcentagem sem o sinal de "%"; por exemplo, se eu quero redimensionar uma imagem para 30% do tamanho original o valor para ser colocado na caixa de texto é 30.
As outras opções não tem segredo, a rotacionar você coloca valores em graus (90, 180, 270 - só os números), a espelhar é "automática" e a converter você escolhe para qual extensão de arquivo deseja dentro das opções disponíveis. Para quem não entendeu as opções, segue:

Redimensionando:

Original (221K x 192x1200):

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

Redimensionado para 20% do tamanho original:

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

Espelhando:


Original:

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

Espelhado:

Linux: Redimensionando, espelhando, convertendo e rotacionando imagens com script

Ah esses desenvolvedores...

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A "ingenuidade" de achar que "navegadores leves" são realmente leves

 A "ingenuidade" de achar que "navegadores leves" são realmente leves

 Muito se vê em sites sobre otimização de sistemas as dicas de uso de navegadores fora os Firefox e Google Chrome alegando que estes utilizam muito os recursos da máquina e que isso pode impactar na performance geral do equipamento. Isso é verdade até certo ponto. Por quê?

    1- Os "équispérts" basicamente se guiam pelo consumo de memória do executável MAS esquecem dos "agregados" que são carregados para que o navegador funcione direito;

    2- Os "équispérts" não costumam levar em consideração que "navegadores mais leves" não tem os mesmos recursos dos navegadores tradicionais, como ferramentas de bloqueio efetivo de propaganda ou mesmo a possibilidade de instalação de tais ferramentas ou de extensões para tal. E, na maioria das vezes (nesses termos de uso), esses navegadores "mais leves" curiosamente acabam usando mais recursos de memória da máquina sem dar uma boa experiência de uso do que seus "primos" mais completos.


Vamos ver então alguns navegadores e como se comportam os serviços em segundo plano que carregam para poderem funcionar direito.

 

Firefox e Google Chrome

O Firefox e o Google Chrome são dois dos navegadores mais usados e com bastante recursos que podem ser instalados mas que não são realmente obrigatórios. Nessa página vamos ver o comportamento "pesado" desses navegadores já totalmente configurados para um uso mediano no dia a dia de um usuário como eu.

Essa é a cara do Firefox:



Essa é a cara do Google Chrome:

 


São navegadores ditos "equivalentes" MAS vamos ver o que se passa em background:


No Firefox:

 


 No Google Chrome:

 


 Veja que não é apenas o executável que deve ser levado em conta mas também os "agregados" e é esse o alvo desse artigo, onde é mostrado que os navegadores mais "leves" podem gastar tanto ou mais recursos oferecendo menos do que os navegadores mais completos.


Midori, Opera e Epiphany


Agora vamos ver os navegadores Midori, Opera e Epiphany e o uso de recursos do sistema.



Midori

 

 

 


Podemos ver que, apesar do Midori em si "gastar pouquinho" os agregados gastam muito mais, ainda mais se falarmos comparativamente pois o Midori é muito restritivo em instalação de recursos. Em uma só aba do navegador e sem quase extensão ativa (só a nativa de block ads) usa 750MB de RAM, quase o mesmo que o Firefox ou o Google Chrome.



Opera

 




O Opera então é uma festa de "background" e, no geral, também se equivale ao uso de RAM do Firefox e Google Chrome.


Epiphany

O Epiphany costuma vir instalado nas distribuições com Gnome mas costuma ser sumariamente "ignorado" pelos usuários.




Nesse caso o Epiphany foi o que mais gastou recursos da máquina e isso na sua configuração padrão, possuindo basicamente as mesmas limitações de configuração do Midori.

Só a título de comparação a imagem abaixo é a do Firefox completo para o dia a dia, com extensões ativas e mesmas opções de vídeo em resolução e aba única que os outros navegadores testados:
 


Atenção que não estou falando que esse ou aquele navegador é uma "brosta", o que quero mostrar que "leve" não significa gastar menos recursos OU ser mais funcional...

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Como colocar o XFCE4 Terminal no seu Gnome e integrá-lo ao sistema

 Como colocar o XFCE4 Terminal no seu Gnome e integrá-lo ao sistema

Uma bronca que eu tenho sobre o Gnome Terminal é que, dependendo da distribuição, o programa perdeu a útil possibilidade de usar a transparência de fundo, recurso que existe em distribuições como Ubuntu e Arch Linux mas, no do Debian,  fizeram o "favor" de retirar essa opção:

Então vamos ver aqui como instalar o XFCE4 Terminal no Debian e outras distros sem essa opção de transparência natural do Gnome Terminal. Abra o Terminal e digite:

sudo apt install xfce4-terminal git python3-nautilus <ENTER>

O comando de instalação tem que ser adaptado se você usar outra distribuição. Depois disso, ainda no Terminal, digite:

git clone https://github.com/Stunkymonkey/nautilus-open-any-terminal.git <ENTER>
cd nautilus-open-any-terminal && ./tools/update-extension-user.sh install <ENTER>

Isso vai baixar, respectivamente, uma extensão de terceiros para funcionar no Nautilus, entrar na pasta e fazer a instalação do mesmo. A opção USER em vermelho no comando é para a instalação do recurso para o usuário da máquina. Se desejar fazer a instalação para todo o sistema, digite então:

sudo ./tools/update-extension-user.sh install <ENTER>

Terminada essa etapa, de novo no Terminal, digite:

sudo update-alternatives --config x-terminal-emulator <ENTER>

A saída de texto deverá ser algo assim:

Será mostrada uma lista de emuladores de terminal instalados no seu sistema. O item à esquerda marcado com um * é o emulador padrão. No seu sistema com Gnome, provavelmente deverá estar marcada a opção "gnome-terminal". Para mudar para o XFCE4-Terminal instalado, digite o número correspondente (nesse exemplo é o 5) e o XFCE-Terminal passará a ser o shell padrão do seu sistema.

Agora vamos configurar a opção de "Open Terminal Here" dada pela extensão de terceiros. Vá de novo no terminal e digite:

gsettings set com.github.stunkymonkey.nautilus-open-any-terminal terminal "xfce4-terminal" <ENTER>

Com isso a opção "Open Terminal Here" estará apontando para o XFCE4. Depois é só abrir as configurações de aparência do XFCE4-Terminal e definir as opções de transparência:

e ter a transparência do seu terminal:



Para um tutorial mais completo onde você pode usar outros emuladores como o Tilix e retirar a opção de "Abrir no Terminal" do próprio Nautilus assista ao vídeo abaixo.